No dia 28 de maio de 2015, os estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte(IFRN) - Campus Apodi. O principal foco da visita foi realizar uma entrevista com a pesquisadora , Lúcia Maria Tavares(Lúcia Maria Tavares) sobre a questão do preconceito contra os indígenas. A entrevista faz parte da 4ª fase, da 6ª Olimpiada Nacional em História do Brasil(ONHB).

Lúcia ficou muito feliz ao receber a equipe "Mensageiros da História", composta pelos estudantes Francisco Veríssimo de Sousa Neto(Informática), Ana Paula Bezerra(Agricultura), Marcos Vinicíus de Lima(Informática) visitaram o Centro Histórico-Cultural Tapuias Paiacus da Lagoa do Apodi(CHCTPLA). A professora Sarah Campelo, também faz parte da equipe, embora não tenha sido possível a sua presença, ela foi a principal orientadora da equipe. Os estudantes também estavam acompanhados da Coordenadora de Laboratórios do Campus Apodi, Cléia Macedo.

Durante a entrevista Lucinha falou um pouco sobre sua infância: "Quando criança não queria estudar, gostava de brincar no mato, tomar banho na lagoa, e sonhava em encontrar crianças indígenas".

Abordou a questão do preconceito contra o seu povo: "Várias pessoas cometem preconceito, dizendo que os índios eram bichos, ignorando suas origens, de que os índios eram os primeiros habitantes do Brasil, sinto pena de pessoas que pensam assim". disse ela. Na tribo dos Tapuias, quando o marido de uma viúva morria, os outros índios comiam sua carne. Talvez por esse motivo, até hoje, os índios sofram discriminação, pois a visão europeia colocavam-nos, como canibais, monstros selvagens. Essa visão era e continua sendo muito preconceituosa. 

Falou acerca do CHCTPLA, sobre sua fundação e no sonho de construir a comunidade indígena dos Tapuias Paiacus, no Bairro Bico Torto, por ser um local onde tem água, e propício para o povo Tapuia desenvolver suas atividades.Nesse local será construído também o Museu Luíza Cantofa, onde irá abrigar peças indígenas. Mas que infelizmente, irá demorar muito, já que em Apodi, são poucos os que dão valor a história de seu povo. Lúcia tenta resgatar peças indígenas em diversos locais, peças líticas como machadinha, por exemplo, e fica revoltada com construções feitas pelos Tapuias Paiacus que foram modificadas e apagadas pelo homem. 

Ao final da entrevista realizada pela equipe participante da ONHB, aproveitamos para conversar um pouco sobre o NEABI(Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas) do IFRN, para discutir sobre as próximas reuniões e atividades a serem desenvolvidas durante o ano de 2015.
Veja abaixo fotos da visita: 

Equipe "Mensageiros da História", em pé Marcos Vinicius, Francisco Veríssimo e Ana Paula Bezerra, agachada a pesquisadora Lúcia Cará.


Lúcia ao lado de seu acervo de peças indígenas